Um dia, resolvendo viajar, saiu da sua cidade, à data capital do Turquestão, acompanhado do seu fiel criado.
Naqueles tempos as viagens eram demoradas e cansativas, por isso o Xá resolveu fazer uma paragem.
Depois de devidamente acomodados na estalagem, disse para o seu criado:
- Vai ao mercado e traz-me fruta fresca.
O criado obedeceu prontamente.
A caminho do mercado apareceu-lhe, de súbito, a Morte, com um ar lívido, disforme, uma boca enorme.
Olhou para o criado com um enorme ar de espanto estampado no rosto.
Aterrorizado, sem fala, o criado, sem pensar em cumprir as ordens de seu amo, retrocedeu de imediato.
Ao vê-lo naquele estado, e sem a fruta, o Xá perguntou o que acontecera, ao que ele respondeu:
- Vi a morte! E ela olhava-me duma maneira assustadora.
Preciso voltar hoje mesmo para Samarkanda, encontrar a minha família. Tens que me deixar sair daqui!
O Xá deixou-o partir, mas ficou a pensar:
– Porque é que a Morte fez isto?
Como desejava mesmo a fruta, pôs de parte os seus pergaminhos, - no fundo, ele era o Xá do Turquestão – e encaminhou-se para o mercado.
Encontrando a Morte, tal como o seu criado a descrevera, perguntou-lhe:
- O que é que o meu criado te fez, ou disse, para o assustares daquela maneira, que o fez fugir sem sequer me levar a fruta?
A Morte respondeu:
- Eu não lhe disse nada! Apenas me admirei de o ver aqui, esta manhã.
É que eu tinha um encontro marcado com ele para esta noite, em Samarkanda.
É para lá que vou já de seguida.
Esta é uma lenda que, a meu ver, transmite esta mensagem:
- NINGUÉM FOGE AO SEU DESTINO
No século VII Samarkanda tornou-se um ponto de escala na Rota da Seda. Aqui se encontravam algumas das principais etapas da Rota da Seda
Naqueles tempos as viagens eram demoradas e cansativas, por isso o Xá resolveu fazer uma paragem.
Depois de devidamente acomodados na estalagem, disse para o seu criado:
- Vai ao mercado e traz-me fruta fresca.
O criado obedeceu prontamente.
A caminho do mercado apareceu-lhe, de súbito, a Morte, com um ar lívido, disforme, uma boca enorme.
Olhou para o criado com um enorme ar de espanto estampado no rosto.
Aterrorizado, sem fala, o criado, sem pensar em cumprir as ordens de seu amo, retrocedeu de imediato.
Ao vê-lo naquele estado, e sem a fruta, o Xá perguntou o que acontecera, ao que ele respondeu:
- Vi a morte! E ela olhava-me duma maneira assustadora.
Preciso voltar hoje mesmo para Samarkanda, encontrar a minha família. Tens que me deixar sair daqui!
O Xá deixou-o partir, mas ficou a pensar:
– Porque é que a Morte fez isto?
Como desejava mesmo a fruta, pôs de parte os seus pergaminhos, - no fundo, ele era o Xá do Turquestão – e encaminhou-se para o mercado.
Encontrando a Morte, tal como o seu criado a descrevera, perguntou-lhe:
- O que é que o meu criado te fez, ou disse, para o assustares daquela maneira, que o fez fugir sem sequer me levar a fruta?
A Morte respondeu:
- Eu não lhe disse nada! Apenas me admirei de o ver aqui, esta manhã.
É que eu tinha um encontro marcado com ele para esta noite, em Samarkanda.
É para lá que vou já de seguida.
Esta é uma lenda que, a meu ver, transmite esta mensagem:
- NINGUÉM FOGE AO SEU DESTINO
SamarKanda é uma cidade do UZBEQUISTÃO,
ex-república soviética da Ásia Central.
No século VII Samarkanda tornou-se um ponto de escala na Rota da Seda. Aqui se encontravam algumas das principais etapas da Rota da Seda
21 comentários:
Admirável esta história.
Podem fazer-se diferentes leituras .
A que fez está correcta. Ninguém poderá fugir ao destino.
Podemos certamente dar-lhe mais tempo e melhores condições de vida.
Poderemos ainda torná-lo eterno pelas boas obras que fizermos em favor de todos os povos e nações.
A morte nunca será superior à lei da vida.
A vida será um dom de Deus que se transformará numa nova vida e se prolongará em estados diferentes.
Eu creio sincéramente.
Se Deus nos criou com tanto amor não foi certamente para sermos vencidos pela morte.
Vejo a morte como uma porta para essa vida sem guerras nem ódios, sem fome nem zangas.
Muitos beijos!
Enquanto podemos dá-los e nos sentimos bem com eles.
Olá Mariazita!
História aparentemente simples, mas que, como costuma dizer-se, daria pano para mangas ... de debate.
Que da morte não nos podemos esconder, como descobriu o criado do Xá,é verdade inquestionável.
Até que ponto nós somos senhores da nossa vida, aqui é que reside o aspecto interessante da questão suscitada pelo texto, em minha opinião.
E, certamente, haverá para esta interrogação respostas muito diferentes, e até contradictórias, de acordo com a sensibiidade de cada um de nós que ouse aceitar o desafio de procurar uma resposta para tão apaixonante questão.
A história é bonita, e desafia-nos a meditar, como seres humanos, sobre o que somos e o que fazemos enquanto andamos por "cá".
Beijinhos.
Vitor Chuva
Admirável história. Gostei muito de ler e de conhecer a mesma.
Uma história que daria para muitas análises dado às diferentes leituras que se pode obter na mesma, situação que enriquece ainda mais o texto.
Com amizade
Bj
luis
Gostei imenso desta história.
Não é possivel adiar o inadiavel. Nem evitar o inevitável. Mas temos que ter permanentemente a lucidez de percebermos quando estamos perante essas situações.
Para mim, sinceramente, é preferivel lutar e eventualmente perder a luta do que simplesmente desistir!
Um beijinho
Amiga...
Pois é verdade, ninguém foge ao destino e mesmo quando pensa que está a fugir dele, está apenas a cumpri-lo. Porque não tenho duvidas que somos nós que traçamos, essa misteriosa e enigmática caminhada.
Beijinhos, com todo a ternura de quem é sempre acarinhada por ti.
Estimada e Sensível amiga:
Um Post de fazer pensar.
Ninguém pode evitar o término. O fim inevitável.
Narrado com interesse e com uma mensagem clara, óbvia e evidente.
Um dia "partiremos" sem retorno.
Sempre a admirá-la
Beijinhos
pena
Mariazita
A história é bonita, a conclusão é normal, a esperada, por vezes medito no rapaz destino, chego sempre à conclusão que o destino, é uma palavra para definir algo. Tendo o valor de sina, teremos de lutar para que o destino nos favoreça.
Entretanto abri, no mesmo painel, o "amigos selinhos", convido a ires linkar o que postei hoje, 12/11/2009.
Beijos
Querida amiga Mariazita,
Será meso que a morte tem dia, local e hora marcada???!!!
Segundo a história aqui contada, de uma forma que eu muito admiro...nada complexa, nada misteriosa, tudo indica que sim.
Se ninguém foge ao destino... também há quem cave a sua própria sepultura e há ainda quem se suicide, por isso não sei muito bem...será que estava destinado que assim fosse???
Seja como for, a morte quando me vier buscar estarei pronta, já não me aflige esse pensamento, não sei explicar porquê mas é o que sinto.
Adorei a história, acho que a Mariazita tem um jeito especial para nps contar histórias.
Parabéns.
Beijihos e abraços,
Ná
muito legal aproposta do seu blog,
creio que você irá gostar de um blog que eu sigo Farofa de batatas
Dá uma passadinha lá e me diga o que achou!
Ah! o meu, bom, o meu é o Em Construção.
beijos
Manita Querida,
Mais uma das tuas belas histórias…. que descobres sei lá onde!
Esta história traz uma mensagem forte sobre a morte e serve para uma boa reflexão.
Devemos encarar a morte como algo tão natural como o nascimento e não é preciso ter medo e fugir de algo que está destinado.
Deveríamos estar preparados para partir...mas nunca estamos, isso é a realidade.
Meu beijinho de luz com muito carinho
canduxa
Moçaaaa ^^
Mto obrigada pela visita, volte sempre!! Adorei seu blog!!Te add no favoritos....
Adoreiiii esse post, tenho fascinação por lendas =]
Bom Domingo!!!
Miquilisssss
Bru
Muito boa a história! Uma história que da pra tirar várias lições pra nossa vida!
bjosss!!!
aislinnahimana.blogger.com.br
linda historia, parabens pelo blog, é sempre muito bom voltar aqui.
Maurizio
Parabéns pelo seu maravilhoso Bolg
Lindo!!!!`
Que a vida lhe sorria com felicidades
AnjoAzul
Maria,a nossa Amiga Sandra pediu-me para lhe dizer q.ñ consegue entrar no seu blog.
Abraço.
isa.
PS:- vou passar-lhe de novo o nome do
blog.
Obrigada pela visita e por ter ido na festa. Chegou antes que eu. Muito obrigada.
Sandra
Querida Mariazita, é verdade, ninguem foge de seu momento final, em algumas situações até temos condições de atuar!
Como geógrafa gostei dos mapas e devo parabenizá-la por ter usado, pois facilita a compreensão.
Beijos brasileiros, Teresa
Gostei muito de ler esta lenda e de a conhecer...
Obrigado pela partilha e pela história aqui deixada.
Bjs
Luis
Olá amiga Mariazita
Mas que belo conto, aqui encontro. Acho que tem um talento nato, para nos por a pensar, fazendo jús ao nome do blog que é fantastico, breve ele será o meu blog da semana. Quanto á história propriamente dita, dizem que ao destino ninguém foge, mas eu sou dos que acham que nós também o fazemos todos os dias da nossa vida. Há morte ninguém foge é bem verdade e é uma verdade que nunca estaremos preparados para a enfrentar.
Beijinho
Olá Mariazita
Não deixe de passar pelo meu blog tem lá um desafio para si.
Beijinho
Sou daqueles que não acreditam em nenhuma forma de determinismo. Tudo é acaso.
Um beijo!
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