A PRÓXIMA POSTAGEM SERÁ NO DIA 16 DE DEZEMBRO
A PRÓXIMA POSTAGEM SERÁ NO DIA 16 DE DEZEMBRO

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

A CARTEIRA

Perdoem-me por um texto tão longo, mas achei esta história tão bonita que não resisti a partilhá-la convosco.
Boa leitura!
A CARTEIRA

Eu voltava para casa, num dia muito frio, quando tropecei numa carteira. Procurei algum meio de identificar o dono. Mas a carteira só continha três dólares e uma carta amassada, que parecia ter ficado ali durante muitos anos.
No envelope, muito sujo, a única coisa legível era o endereço do remetente.
Comecei a ler a carta tentando achar alguma dica. Então vi o cabeçalho. A carta tinha sido escrita quase sessenta anos antes.
Tinha sido escrita com uma bonita letra feminina em azul claro sobre um papel de carta com uma flor no canto esquerdo. A carta dizia que sua mãe a havia proibido de se encontrar com Michael, mas ela escrevia a carta para dizer que sempre o amaria.
Assinado: Hannah
Era uma carta bonita, mas não havia nenhum modo (com exceção do nome de Michael) de identificar o dono.
Entrei em contacto com a compnhia telefónica, expliquei o problema à operadora e pedi-lhe o número do telefone do endereço que havia no envelope.
A operadora disse que havia um telefone mas não poderia dar-me o número. Por sua própria sugestão, entrou em contato com o número, explicou a situação e fez uma conexão daquele telefone comigo.
Eu perguntei à senhora do outro lado se ela conhecia alguém com o nome de Hannah. Ela respondeu:
- Ah! Nós compramos esta casa a uma família que tinha uma filha chamada Hannah. Mas isto foi há 30 anos!
- E a senhora saberia onde aquela família pode ser localizada agora? – perguntei.
- Tanto quanto me lembro, aquela Hannah teve que colocar sua mãe num lar de idosos há alguns anos - disse a mulher. Talvez se você entrar em contacto eles possam informar.
Deu-me o nome do lar e eu liguei. De lá contaram-me que a velha senhora tinha falecido alguns anos atrás, mas eles tinham um número de telefone onde acreditavam que a filha poderia estar vivendo.
Agradeci-lhes e telefonei. A mulher que atendeu explicou que aquela Hannah estava morando agora num lar de idosos.
- Isto começa a parecer-me estúpido - pensei comigo mesmo. Para que estava eu fazendo aquele movimento todo só para achar o dono de uma carteira que tinha apenas três dólares e uma carta com quase 60 anos?
Apesar disto, liguei para o lar no qual era suposto que Hannah estivesse vivendo. O homem que atendeu disse-me:
- Sim, a Hannah está morando connosco.
Embora já passasse das 10 da noite, eu perguntei se poderia ir lá para a ver.
- Bem – disse ele, hesitante - se você quiser se arriscar, ela talvez esteja na sala assistindo à televisão.
Eu agradeci e corri para o lar. A enfermeira nocturna e um guarda cumprimentaram-me à porta. Fomos até ao terceiro andar. Na sala, a enfermeira apresentou-me a Hannah. Era uma doçura, cabelo prateado com um sorriso calmo e um brilho no olhar.
Falei-lhe da carteira e mostrei a carta. Assim que viu o papel de carta com aquela pequena flor à esquerda, ela respirou fundo e disse:
- Esta carta foi o último contacto que tive com Michael.
Parou um momento, a pensar, e então disse suavemente:
- Eu amei-o muito. Mas na ocasião eu tinha só 16 anos e a minha mãe achava que eu era muito jovem. Oh, ele era tão bonito! Parecia-se com Sean Connery, o actor.
- Sim - continuou. Michael Goldstein era uma pessoa maravilhosa. Se você o encontrar diga-lhe que eu penso frequentemente nele. E… - ela hesitou por um momento, e quase mordendo o lábio: diga-lhe que eu ainda o amo.
Você sabe - disse ela sorrindo com lágrimas que começaram a rolar nos seus olhos - eu nunca me casei. Jamais encontrei alguém que correspondesse ao Michael…
Agradeci a Hannah e disse-lhe adeus.
Quando passava pela porta da saída, o guarda perguntou:
- A velha senhora pôde ajudá-lo?
- Pelo menos agora eu tenho um sobrenome. Mas eu acho que vou deixar isto para depois. Passei quase o dia inteiro tentando achar o dono desta carteira.
Quando o guarda viu a carteira, disse:
- Hei, espere um minuto! Essa é a carteira do Sr. Goldstein. Eu a reconheceria em qualquer lugar. Ele está sempre a perder a carteira. Eu devo tê-la achado pelos corredores pelo menos umas três vezes.
- Quem é o Sr. Goldstein? - perguntei, com a minha mão começando a tremer.
- É um dos idosos do 8º andar. Isso é a carteira de Mike Goldstein, sem dúvida. Ele deve tê-la perdido num dos seus passeios.
Agradeci ao guarda e corri ao gabinete da enfermeira.
Contei-lhe o que o guarda tinha dito. A enfermeira e eu voltamos para o elevador e subimos.
No oitavo andar ela disse:
- Acho que ele ainda está acordado. Ele gosta de ler à noite. É um homem bem velho.
Fomos até ao único quarto que ainda tinha luz e lá estava um homem lendo um livro. A enfermeira foi até ele e perguntou-lhe se tinha perdido a carteira.
O Sr. Goldstein olhou com surpresa, pondo a mão no bolso de trás e disse:
- Oh, está perdida!
- Este amável cavalheiro achou uma carteira e nós queremos saber se é sua.
Entreguei a carteira ao Sr. Goldstein, ele sorriu com alívio e disse:
- Sim, é minha! Devo tê-la deixado cair hoje à tarde.
Eu quero lhe dar uma recompensa.
- Não, obrigado – respondi. Mas eu tenho que lhe contar algo: eu li a carta na esperança de descobrir o dono da carteira.
O sorriso em seu rosto desapareceu de repente.
- Você leu a carta?
- Não só li, como eu acho que sei onde a Hannah está.
Ele ficou pálido de repente.
- Hannah? Você sabe onde ela está? Como está ela? É ainda tão bonita quanto era? Por favor, por favor diga-me - implorou.
- Ela está bem... E bonita da mesma maneira como quando o senhor a conheceu - respondi suavemente.
O homem sorriu e perguntou:
- Você pode me dizer onde ela está? Quero telefonar-lhe amanhã. Agarrou a minha mão e disse:
- Eu estava tão apaixonado por aquela menina que quando aquela carta chegou, a minha vida literalmente terminou. Eu nunca me casei. Eu sempre a amei.
- Sr. Goldstein – disse eu. Venha comigo.
Fomos de elevador até ao terceiro andar. Atravessamos o corredor até à sala onde Hannah estava assistindo à televisão. A enfermeira caminhou até ela.
- Hannah - disse suavemente, enquanto apontava para Michael, que estava esperando comigo na entrada – você conhece este homem?
Ela ajeitou os óculos, olhou um momento, mas não disse uma palavra. Michael disse suavemente, quase num sussurro:
- Hannah, é o Michael. Lembras-te de mim?
- Michael! Eu não acredito nisto! Michael! És tu! Meu Michael!
Ele caminhou lentamente até junto dela e abraçaram-se.
A enfermeira e eu partimos com lágrimas nos olhos.
- Veja – disse eu. Veja como o bom Deus trabalha! O que tiver que ser, será!
Aproximadamente três semanas depois eu recebi uma chamada do lar no meu escritório.
- Você pode vir no domingo para assistir a um casamento? O Michael e Hannah vão se casar!
Foi um casamento bonito, com todas as pessoas do lar devidamente vestidas para a celebração.
Hannah usou um vestido bege, claro e bonito. Michael usou um fato azul escuro.
O lar deu-lhes o próprio quarto e se você sempre quis ver uma noiva com 76 anos e um noivo com 79 anos agindo como dois adolescentes, você tinha que ver este par!


Um final perfeito para um caso de amor que tinha durado quase 60 anos.

Autor (a) do texto: Desconhecido

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

PRESERVAÇÃO DA NATUREZA

Proponho-vos que comecemos (e continuemos) o ano pensando na preservação da Natureza.
Ela, e todas as Mães do mundo, vão agradecer-nos.
As imagens que se seguem falam por si, dispensam apresentações.